Existe um mito de que a gravidez aumenta o número de lesões de cárie e problemas gengivais, o que pode ser contornado com o acompanhamento de um profissional habilitado para atender a gestante neste momento tão único.
Durante o período da gestação ocorre uma série de alterações no organismo da futura mamãe que pode levar ao aparecimento de problemas dentais e gengivais. Entre eles cita-se:
o aumento da acidez bucal.
o aumento da ingestão de alimentos em menor espaço de tempo.
as mudanças de hábitos alimentares.
a diminuição dos cuidados com a higienização bucal.
alterações hormonais.
Contrariando alguns mitos, a gestante pode receber tratamento odontológico em qualquer idade gestacional, embora o segundo trimestre (entre o 4º e o 6º mês) , seja o momento mais oportuno pois a gestante tem menos enjôo como no primeiro trimestre e não apresenta o desconforto dos últimos meses de gestação.
Não existe risco ao submeter-se ao atendimento odontológico (anestesia, radiografias e medicações), desde que o dentista conheça o efeito dos anestésicos e medicações e as alterações fisiológicas que ocorrem durante a gravidez.
Deve-se ressaltar, ainda que os dentes de leite do bebê começam a se formar a partir da 6 semana da gestação e os dentes permanentes , a partir do 5 mês de vida intra-uterina. Dessa forma, condições desfavoráveis durante a gestação ( ex.: uso de medicamentos , infecções , carências nutricionais etc). podem trazer problemas nos dentes em fase de formação e mineralização.
Além disso pesquisas recentes alertam para o fato de gestantes com problemas bucais apresentarem maior numero de partos prematuros e bebês de baixo peso, já que o foco de infecção e a contaminação da boca pode atingir o feto e a placenta.
O mais importante é cultuar hábitos saudáveis durante a gestação, curtir cada momento do desenvolvimento do bebê, sem deixar de preocupar-se com a alimentação adequada e com a higienização.